segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O Tempo...

O tempo...
O tempo não é sentido, não é palpável, não se pode agarrar com as nossas próprias  mãos.
Não podemos retroceder nele e nem podemos espreitar o futuro.
Ele, o tempo, obriga nos a passá lo, ao tempo, no tempo dele mesmo!
A ironia é demasiado requintada para não nos apercebermos  dela e no entanto, Ele, o tempo é tudo menos irónico.
"Os dias são aquilo que quisermos fazer deles".
Já ouvi algumas vezes esta expressão.Assim como também já ouvi a expressão "Largos dias têm 100 anos".E existe também"Um dia não são todos os dias".
No entanto, na mais pura concepção da palavra, um dia é literalmente igual a outro dia. Não tem a mais nem tão pouco  menos um segundo que seja.
Tem 24 horas, dividido entre noite e dia.
O tempo é uma das poucas senão a absoluta verdade que temos.
O tempo é calculista, frio, mas pode também ser um bom amigo, tocar nos, quase literalmente...  
O tempo é "feito" ou "medido", pois o Homem nunca poderia ter algo que não pudesse controlar, por isso encontrou maneira de também controlar algo que no seu âmago é livre, eterno e intemporal.
O Tempo do Homem...

sábado, 6 de dezembro de 2008

Silêncios

Existem vários tipos de silêncios, mas deparo me constantemente com a curiosidade  particular por dois tipos de silêncio.
O silêncio da cumplicidade, onde as palavras não são necessárias, tal é a união entre duas pessoas, a tantos diferentes níveis e a sua complementaridade.
E o silêncio da ausência da cumplicidade, onde as palavras são imprescindíveis, mas raramente ou nunca ditas.
 O primeiro tipo é indubitavelmente raro, desejado por muitos e inatingível no percurso de uma vida de  tantos outros.
O segundo , mais comum a todos nós, mais próximo e ordinário, não no sentido perjurativo, mas sim no sentido de ser algo frequente, de todos os dias, é o silêncio que reina maioritariamente nas nossas vidas.
Seja a nivel profissional, pessoal ou até mesmo intímo.
Pois uma pessoa pode se encontrar no meio de uma multidão e estar completamente rodeada de silêncios e estar ela mesma em silêncio.
O que não impede que esteja feliz, realizada, preenchida, ou por outro lado vazia, desprovida de sensações ou desejos, infeliz.
Dependerá sempre da sua percepção do silêncio. 
Assim como toda a história de uma vida irá depender do poder que temos ou não de sentir empatia pelo próximo e da percepção que temos de nós, dos outros e de tudo o mais que nos rodeia.

Por onde começar?

Habitualmente começa-se algo pelo seu início. Pela Origem, onde existe toda uma linha de ordem, raciocínio e lógica a seguir, a fim de se entender os Comos, Porquês, Quandos, e toda a panóplia de razões e acontecimentos, que levam a um determinado desfecho ou resultado.

Ao seu término.

Ao Fim.

Começamos por....

E acabamos em .....

E assim temos um relato seja do que for, situação ou pessoa, pessoal ou não, de qualquer coisa.

Tão banal como um acontecimento e tão comprometedor como um encontro .

Seja de que natureza for, tudo tem um início e um fim.

A Vida. A Morte.

Um sonho. O acordar.

O nascer do Sol. O pôr-do-sol.

O dia. A noite.

Tudo está pré determinado, ordenado, instruído, para seguir esta sequência de acontecimentos.

É inevitável, não há como lhe escapar.

E desde que nascemos até que morremos, passamos a nossa existência a tentar quebrar este ciclo vicioso.

E são batalhas perdidas.

E quando nos apercebemos deste facto tão verosímil, passamos para a verdadeira, a derradeira Guerra.

A prova final.

Quando tudo o resto falha, preparamo-nos para uma guerra que faz vítimas indiscriminadamente, aleatoriamente, sem remorsos e sem pensar duas vezes.

E não obstante, subsiste a vontade extraordinária em continuar.

E sabemos de ante mão que não iremos vencer, mas debatemo-nos até ao suspiro final.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A minha primeira vez, aqui...

A minha primeira vez neste mundo virtual.
Um pouco de timidez ainda e não sabendo muito bem como gerir algo que nem sequer é palpável e quase que não real.
Este espaço vai servir basicamente para colocar pensamentos, desabafos, devaneios da minha mente.
Quase como uma expiação, não no sentido religioso já que não acredito nem tão pouco tenho fé, mas no sentido de me libertar, estar momentaneamente livre.
Livre de preconceitos, juízos de valor, rótulos e principalmente livre de mim.
Vou deixar frases, textos, perguntas, dúvidas....
Não para ninguém em particular, mas sobretudo para mim.
Para me ver de outro ângulo, de outro ponto de vista.
E este como aparenta ser um verdadeiro mundo sem barreiras de qualquer espécie, quem quer que aqui venha que o faça desprovido de qualquer preconceito e se sinta livre também.