sábado, 6 de dezembro de 2008

Silêncios

Existem vários tipos de silêncios, mas deparo me constantemente com a curiosidade  particular por dois tipos de silêncio.
O silêncio da cumplicidade, onde as palavras não são necessárias, tal é a união entre duas pessoas, a tantos diferentes níveis e a sua complementaridade.
E o silêncio da ausência da cumplicidade, onde as palavras são imprescindíveis, mas raramente ou nunca ditas.
 O primeiro tipo é indubitavelmente raro, desejado por muitos e inatingível no percurso de uma vida de  tantos outros.
O segundo , mais comum a todos nós, mais próximo e ordinário, não no sentido perjurativo, mas sim no sentido de ser algo frequente, de todos os dias, é o silêncio que reina maioritariamente nas nossas vidas.
Seja a nivel profissional, pessoal ou até mesmo intímo.
Pois uma pessoa pode se encontrar no meio de uma multidão e estar completamente rodeada de silêncios e estar ela mesma em silêncio.
O que não impede que esteja feliz, realizada, preenchida, ou por outro lado vazia, desprovida de sensações ou desejos, infeliz.
Dependerá sempre da sua percepção do silêncio. 
Assim como toda a história de uma vida irá depender do poder que temos ou não de sentir empatia pelo próximo e da percepção que temos de nós, dos outros e de tudo o mais que nos rodeia.

Sem comentários:

Enviar um comentário